terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"Culto Oculto .- a via poética do Ser Ascendente" de Vera Novo Fornelos

Culto Oculto – a via poética do ser ascendente

 A via poética do Ser Ascendente não é mais do que a prática da poesia em momentos de meditação, é uma caminhada poética na procura da elevação espiritual, própria dos poetas que compreendem “o voo das aves”, dos poetas cuja alma “é feita da quinta essência do Universo”. Estes pequenos poemas, modestos, mas fortemente carregados de simbologia espiritual, surgem espontaneamente como fluxos iluminados e espifânicos, como “uma flauta/ que vibrava intensamente” e trazem-nos mensagens codificadas, umas mais fáceis de interpretar do que outras, que nos guiam na nossa jornada terrena, são singelos “koan” que nos propiciam a iluminação espiritual através da prática meditativa “compreende/ o voo/ das aves”, cujo sentido não se atinge através da interpretação intelectual “não te detenhas/ na articulação/ das suas asas”.


Vera Novo Fornelos

Autor: Vera Novo Fornelos
Ilustração da Capa: Cipriano Oquiniame
Prefácio: Delmar Maia Gonçalves

Lançamento em Copacabana/Brasil 
dia 8 de Fevereiro no Prémio Luso-brasileiro Melhores Poetas 2014.

Lançamento em Almada/Portugal
no Festival Internacional Saberes e Sabores 2014

Apresentação em Lisboa/Portugal 
dia 28 de Março na Gatafunho Loja de Livros

Lançamento em Lisboa/Portugal 

dia 29 de Março no 4º Festival Internacional de Poesia "Grito de Mulher"


A Poeta da Utopia
Bom seria, que eu, enquanto poeta e prefaciador, fosse capaz de resumir a força do verbo que esta poeta vianense transporta e transmite. E a força de natureza poético-literária pode ser travada? Bem o diz a poeta em “Culto Oculto” : “ouço os vossos pensamentos/… nada em vós me é oculto/ penetro no vosso culto” e remata “e o que era estranho e escuro/ ilumina-se num coração puro”.
Em que momento a poeta e sua poesia pungente não se fundem e confundem formando um “corpus” único? A fusão acontece com a intensidade poética de uma flauta, como afirma “Procurei o silêncio/ no meu silêncio/ e escutei uma flauta/ que vibrava intensamente/ não há silêncio/ no meu silêncio…”.
A sua estreia no singular como autora de obra individual, não a coíbe de convicta reafirmar o que facilmente descobrimos ao lê-la “uma jazida de ideias/ é o que eu sou (…) uma dualidade sinergética/ que faz surgir as ideias”.
Depois, há sempre o sabor titubeante e quimérico das palavras que se desfolham e desnudam. Por vezes, a ternura também fere e, por vezes, também encanta. Das memórias se fazem histórias e  das histórias, poesia. Por isso, profética, reclama “Não há um caminho/ meio andado/ nem dois por andar/ mas um destino/ ainda por chegar”.  São memórias de quem as guarda no baú da sua “meninice” e no auge da sua maturidade como um tesouro. E bem se define ao afirmar “Sou um livro/ publicado/ na mortalha/ de um cigarro/ queimado”.  A emoção à flor da pele, com a palavra certeira, como uma arma que procura o alvo sem ferir, mas evita o falhanço ao constatar “se parar para pensar/ vou ouvir o vento/ e se o vento for o pensamento/ vai voar/ vai se libertar/ das amarras do tempo”.
Sensibilidade poética, que capta a essência do poeta numa rajada ao resumi-la cantando “A alma dum poeta/ é feita da quinta essência do Universo/ é alma desfeita/ e refeita num só verso”. E quem pode mudar o destino de uma poeta que vive numa roleta oculta e, que, paciente, define “A espera” como “uma  lamparina/ que se incendeia/ de esperança”? Bem nos avisa como leitores atentos “Compreende/ o voo/ das aves/ não te detenhas/ na articulação/ das suas asas”.
E um ciclo novo se abre com esta obra, quimericamente objectiva, que nos alerta para o “Culto Oculto”. Haja, pois, um diálogo genuíno entre o leitor e a autora da utopia convicta, pois “A vida/ segue/o seu percurso/ natural/ como um rio/ que fluí/ voluntariamente”.
Bayete Poeta!

Delmar Maia Gonçalves

Vera Novo Fornelos nasceu a 2 de Maio de 1981 em Viana do Castelo.
Desde muito jovem revelou paixão pelas artes dramáticas, pintura e poesia.
Fez parte de grupos de teatro amador desde os 13 anos e ainda com 16 anos foi convidada a participar no Grupo de Teatro da Associação Académica do IPVC e participou também em vários recitais de poesia.
É autora de blogues culturais e de poesia e está presente em algumas antologias nacionais e internacionais. Publica em Revistas Culturais moçambicanas como a Licungo e a Milandos da Diáspora.
Escreveu alguns dos textos que acompanharam a exposição de pintura “Um outro olhar sobre Viana” na Estalagem Melo Alvim em 2007 e a exposição de pintura “Dia dos Namorados” na Habit’os em 2008, organizadas pelo grupo artístico “Caçadores de Gambozinos”.
Também é artista plástica auto-didacta e participou em algumas exposições colectivas. Ilustrou a capa da obra “Antologia Universal Lusófona – Rio dos Bons Sinais 2013” e o poema “Magister Picasso” de Delmar Maia Gonçalves, publicado nos cadernos poéticos “Viola Delta”, coordenados pelo poeta português Fernando Grade.
Estudou Medicina Tradicional Chinesa na APA-DA, frequentou o curso Gestão no IPVC e vários cursos de web design e programação. Concebeu vários logótipos e websites para escritores, artistas e associações, alguns dos quais ainda são geridos por si. Concebeu ilustrações digitais para poemas do escritor Delmar Maia Gonçalves.
É membro fundador do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora, onde faz parte da direcção. Também faz parte da direcção da ALDCI-ONGD.
Foi seleccionada para a Antologia dos 100 melhores poemas do TOC140, relacionada com o prémio TOC140 do Fliporto 2013 (Recife/Brasil).
É Embaixadora da Paz desde 2010.
Actualmente, é coordenadora da Mágico de Oz Empreendimentos Editoriais, em Lisboa.


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